ACLAC, patrono Henderson Antonio Braz de Morais

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por Marcelo Carvalho Ferraz, da ACLAC.

Nascido em Cambuí em 20 de março de 1946, e conhecido popularmente pelo apelido de Batonho, era filho de José André de Morais (Zezito) e Isis Maria de Morais. Começou seus estudos no antigo Grupo Escolar Dr. Carlos Cavalcanti, onde concluiu, em 1956, o então curso primário (hoje ensino fundamental I). De 1958 a 1961 estudou no Colégio São José, em Pouso Alegre, onde concluiu o curso ginasial (hoje ensino fundamental II). Em 1962 radicou-se em São Paulo, para cursar o então colegial (hoje ensino médio) no Colégio Oswaldo Cruz, concluído em 1964.

No ano de 1965 ingressou na Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu, onde se tornou médico em 1970. Realizou estágios de Ginecologia e Obstetrícia, Pronto Socorro e Psiquiatria em diversos hospitais. Estudo também, em nível de pós-graduação, Neuroanatomia e Neurorradiologia, Animais Peçonhentos, Tumores Malignos, Doenças Venéreas, Epilepsia e Cirurgia Pediátrica. Como médico, foi aprovado nos seguintes concursos:

- 1970: médico residente Hospital das Clínicas de Botucatu, na área de Cirurgia Geral;

- 1971: médico residente no Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo;

- 1971: médico residente do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo;

- 1972: residente de 2º ano em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo.

Dentre suas atividades profissionais na cidade de São Paulo, destacaram-se:

- médico residente do 1º ano no HSPESP, nos serviços de Cirurgia Geral, Cirurgia Endócrina, Ginecologia e Obstetrícia, Anestesia, Cirurgia Vascular e Cirurgia Pediátrica;

- médico residente de 2º ano no HSPESP, exercendo a função de plantonista no Centro Obstétrico e na Enfermaria de Obstetrícia e Pré-natal; - médico plantonista no Hospital Santa Maria Goretti;

- médico plantonista no Hospital Mater Dei;

- médico plantonista no Hospital Pronto-Socorro e Maternidade do Belém;

- médico plantonista do Hospital Nossa Senhora da Penha;

- médico plantonista no Hospital Beneficente São Caetano;

- professor em curso dirigido a doutorandos das Faculdades de Medicina de Santos, Campos, do Triângulo Mineiro e de Goiás, no HSPESP nos anos de 1971 e 1972.

Em 1975 radicou-se em Paris, onde trabalhou no Hospital Henri Rousselle. De volta a São Paulo, fundou sua clínica particular na Avenida Angélica. Anos mais tarde voltou a residir em Cambuí, onde trabalhou na Secretaria Municipal de Saúde e no Hospital Ana Moreira Salles, tendo sido também plantonista em hospitais de Campinas, Bragança Paulista e Extrema.

Faleceu em Cambuí no dia 14 de dezembro de 2009, deixando a viúva Beverly Jaesche.

Depoimento de Marcelo Carvalho Ferraz sobre Batonho, na ocasião de sua escolha como patrono de sua cadeira nº 6 na ACLAC:

 “…Fiquei cá pensando com meus botões e gostaria de ter como patrono de minha cadeira nosso querido , ou Batonho, 
 ou melhor   dizendo, Henderson Braz Antonio de Morais.   
 Batonho foi uma figura muito influente para algumas gerações de Cambuí, nas quais eu me incluo. Seu espírito irreverente, 
 indomável e instigante é uma grande fonte de inspiração para nossos acadêmicos e futuras decisões da Academia. Nunca se 
 deixou levar pelas facilidades da vida; combateu a mediocridade como poucos; exerceu a pratica do diálogo, do embate e 
 do convencimento intelectual à exaustão; militou na contracultura em tempos difíceis, contra os padrões estabelecidos 
 - retrógrados e conservadores - de comportamento, em uma busca sempre libertária, pregando e acreditando sempre no exercício 
 da dúvida, fator fundamental na transformação do homem e da sociedade. Foi um sujeito (médico) solidário como poucos, 
 praticando seu original e eficaz talento no approach com os pacientes como um mágico (ou mago) reanimador, mesmo nos 
 casos terminais.
 Foi rebelde, libertário e solidário, fiel a seus princípios de busca constante, sem rendições. Sua curta vida é prova disso. 
 Não foi um errante, como muitos pensam: foi um "acertante". E é deste tipo de ser humano que precisamos ter na memória de 
 uma academia que se quer fazer viva e atuante.”
 Marcelo Carvalho Ferraz, em 16 de julho de 2011.