Higino de Oliveira Cézar

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Benedito Tadeu de Oliveira

Higino de Oliveira Cézar nasceu em 1855, filho de Clementino de Oliveira Cézar e Inácia Maria de Jesus. Foi casado com Mariana Pereira da Silva, com quem teve três filhas e três filhos. Era cafeicultor e grande proprietário de terras nos bairros rurais da Roseta e Lambert, em Cambuí Possuía uma máquina de beneficiar café que foi instalada na Avenida Tiradentes, no local hoje ocupado pelo edifício nº 250. Segundo relatos verbais, esta máquina era proveniente da Grã Bretanha. Depois de chegar ao Porto de Santos, fez o percurso de trem até Vargem, SP, onde foi desmontada e colocada sobre carros de bois para ser transportada até Cambuí. A máquina selecionava os diversos tipos de grãos de café utilizando bicas com peneiras vibratórias. Era tocada a vapor no sistema de caldeiras alimentadas com lenha como as antigas locomotivas inglesas. O café, depois de beneficiado, era exportado pelo Porto de Santos. Esta máquina permaneceu na memória dos cambuienses antigos pelo som inconfundível do seu apito: ela apitava quando era ligada e também quando desligada. Como fornecia energia elétrica para um setor da cidade, a população, naturalmente, ficava atenta ao seu apito.

Higino Cézar residia na Avenida Tiradentes, no atual nº 220, em uma casa destruída na década de 1950, cujo quintal se estendia até o alto do Maciço do Cruzeiro. A residência, construída em estilo neogótico, com cobertura de telhas coloniais em duas águas, tinha uma varanda à sua esquerda, e no frontão da fachada principal foi esculpida uma grande imagem de um pelicano, identificando a ligação do proprietário com a maçonaria. Na mesma avenida, possuiu um hotel em um sobrado correspondente aos atuais números 12 e 22. Um pouco acima de sua residência instalou uma fonte de água de qualidades minerais que era distribuída gratuitamente para a população da cidade.

“Homem de poucas conversas”, o major foi admitido na Loja Maçônica de Bragança Paulista no ano de 1902, integrando-se ao primeiro grupo de maçons de Cambuí. Cidadão moderno para o seu tempo, tinha assinatura de jornal e foi um dos primeiros proprietários de automóvel da cidade. Recebeu a patente de Major da Guarda Nacional, foi político, vereador e chefe do Partido Republicano Mineiro (PRM). Na política teve como grande rival o Juiz de Direito Dr. Carlos Francisco d’Assunção de Albuquerque Cavalcanti, assassinado em 5 de abril de 1922. Major Higino Cézar é hoje nome de uma rua no bairro Jardim São Benedito, em Cambuí. Faleceu em 23 de janeiro de 1945 e está sepultado no túmulo 117 da quadra 2 do Cemitério Municipal de Cambuí.

Benedito Tadeu de Oliveira é seu bisneto.