Tombamento do Jardim da Praça Matriz de Cambuí, MG

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Benedito Tadeu de Oliveira, da ACLAC

Na história do Brasil existem poucos exemplos de fundação de cidades que, por motivos estratégicos ou de segurança, foram posteriormente transferidas para locais mais apropriados. A cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, fundada na Urca, local considerado militarmente inadequado para assegurar a sua defesa, foi transferida em 1º de março de 1567 para o Morro do Castelo, atualmente parte do centro da cidade. Cambuí, fundada por volta de 1813 no local hoje denominado Cambuí Velho, também teve sua sede transferida em 1834 para um local conhecido como Campo Largo, considerado mais apropriado para o desenvolvimento de uma cidade. Nesse local foi construída uma nova capela e, ao seu redor, o casario para abrigar seus primeiros moradores, dando origem à praça principal, de onde o povoado se irradiou de forma planejada e geométrica nos sentidos norte, leste e oeste. Ao sul a implantação se deu sobre a cumeada de um morro em sentido levemente oblíquo à praça principal.

No ano de 1834 a capela foi declarada curato e o novo arraial, Curato de Nossa Senhora do Carmo de Cambuí. A praça, ponto de origem da cidade, destacou-se como uma moldura da igreja, orientando a formação dos lotes e as construções civis e tornando-se desde cedo área reservada para a circulação e a sociabilidade urbana, local por onde passavam as procissões, os enterros e onde as pessoas se encontravam. De Curato Cambuí, o arraial foi elevado a Freguesia, por meio da Lei nº 471, de 01 de junho de 1850. A criação do município que elevou Cambuí à condição de vila deu-se com a Lei nº 3712, de 27 de julho de 1889, e a vila foi instalada no ano seguinte, em 19 de janeiro de 1890. A comarca de Cambuí foi criada pelo decreto nº 239, de 13 de setembro de 1890. A Lei nº 23, de 24 de maio de 1892, elevou a cidade todas as vilas e sedes de comarcas, dessa forma estava também Cambuí elevada à condição de cidade.

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Foto 1 – Imagem de Cambuí no início do século XX (atribuída a Cornélio Lambert)

Em uma das primeiras imagens da cidade de Cambuí, provavelmente do início do século XX, observa-se no seu ponto mais alto a presença dominante de uma pequena igreja constituída de dois corpos em planta retangular, com cobertura em telhado de duas águas. Nessa época, no entorno da igreja já estava delimitada a praça principal, composta de edificações da primeira geração da cidade, que compreende o período entre a sua fundação e meados da década de 1930.

Nas edificações desse período utilizavam-se o sistema construtivo denominado pau a pique, fundações corridas de pedra, telhas de barro tipo colonial, largos assoalhos, portas e janelas de madeira de grandes dimensões. Observa-se também nessa época a presença de lotes arborizados de grandes dimensões no seu sentido longitudinal. As edificações e lotes de Cambuí tinham então características urbanas e arquitetônicas do Brasil – Colônia.

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Foto 2 – Imagem da igreja considerada mais antiga da cidade (atribuída a Cornélio Lambert)

A igreja dedicada a Nossa Senhora do Carmo que, segundo a tradição, foi construída pelo Capitão Soares, um dos fundadores da cidade, apresenta em uma das suas imagens mais antigas as seguintes características: frontispício simples, com uma portada com verga reta sobreposta por cinco janelas, encimada por um frontão triangular marcado por quatro pináculos na sua base e uma pequena escultura em forma de uma ave no vértice. Do lado direito da igreja havia uma pequena torre sineira, mais baixa que o frontispício, com sua parte superior vazada e coberta por um telhado em forma piramidal. Na frente, na sua parte mediana, foi instalada uma cruz de madeira e no seu lado direito foi construído um coreto em forma octogonal, com estrutura também de madeira.

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Foto 3 – Imagem da igreja reconstruída em estilo neogótico (atribuída a Cornélio Lambert)

Provavelmente no final da década de 1910 a antiga igreja foi totalmente reformada, dando lugar a uma outra em estilo neogótico. Essa igreja tinha no primeiro pavimento dois nichos laterais em arco e uma pequena escada que dava acesso a uma porta central em arco pleno, sobreposto por um outro arco ogival. O segundo pavimento era composto de dois pares de vitrais laterais em arcos encimados por arcos ogivais, tendo no seu centro uma porta de madeira, também em arco com balaustrada. Na fachada principal da igreja existia uma torre central de base quadrangular, com uma janela em arco na sua fachada principal. O coroamento da torre era em forma de pirâmide, assentada sobre a terminação triangular das suas fachadas. Na frente da igreja foi implantada uma escultura representando o Cristo sobre uma base em forma de paralelepípedo, com o globo terrestre em uma das mãos. Nessa fotografia, nota-se a presença de postes, bancos, grama, além de vegetação rasteira, dando a entender que a reforma da igreja foi acompanhada de obras de urbanização da praça.

Em uma outra imagem da cidade, provavelmente da década de 1930, observa-se novamente, no seu ponto mais alto, a presença dominante da igreja, principal marco arquitetônico da cidade, agora mais verticalizada, devido à presença de uma torre central. As edificações da primeira geração continuavam dominantes nessa época, todavia nota-se agora a presença de uma rede pública de eletricidade, dos primeiros sobrados e o surgimento de alguns exemplares da segunda geração de edificações da cidade. Essa geração começa a surgir a partir da década de 1930 e se desenvolve até aproximadamente meados de 1960.

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Foto 4 – A cidade na década de 1930 (atribuída a Cornélio Lambert)

Nesse período o “pau a pique” foi gradativamente substituído pelo tijolo cerâmico, as “telhas coloniais” pelas telhas francesas, e as portas, janelas e assoalhos de madeira diminuíram de dimensões. As edificações desse período caracterizam-se também pela utilização de detalhes decorativos nas fachadas e nos seus interiores.

Em uma das imagens mais antigas da praça urbanizada, provavelmente da década de 1920, as ruas ainda não estão pavimentadas, porém o jardim já possui um desenho simétrico, com seis canteiros formando no seu centro um espaço com bancos de madeira e um espelho d’ água central de forma circular.

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Foto 5 - Urbanização da Praça da Matriz na década de 1920 (atribuída a Cornélio Lambert)

Nessa época foi iniciado o processo de arborização e a introdução das podas topiárias na cidade. No entorno da igreja e da praça foram construídas as residências das famílias mais importantes – Cavalcanti, Lambert, Moraes, Soares, dentre outras, bem como implantados alguns edifícios públicos como o primeiro grupo escolar da cidade.

Segundo o escritor Levindo Lambert, nos idos de 1905 o Coronel Justiniano Quintino da Fonseca praticava a castração de cavalos, e Francisco Amâncio Eiras, a castração de touros em plena Praça da Matriz. Ainda segundo o mesmo autor, o comerciante Adriano Colli matava porcos em via pública ao lado da Igreja Matriz. Em 25 de junho de 1912 por meio do artigo I da Lei nº 143 a praça da Matriz que se chamava Floriano Peixoto passou a chamar Coronel Justiniano. Em 04 de abril de 1923, a praça da Matriz foi palco de um dos acontecimentos mais trágicos da história da cidade. Naquele dia que Cambuí recebia o Bispo de Pouso Alegre para as cerimônias religiosas de Crisma, o Juiz de Direito, Dr. Carlos Francisco d’Assunção Cavalcanti de Albuquerque, foi assassinado.

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Foto 6 – Processo de arborização da cidade (atribuída a Cornélio Lambert)

Cambuí não foi ocupada por forças militares durante a revolução de 1930. Já na revolução constitucionalista de 1932, o 9º Batalhão da Polícia Militar Mineira aquartelou-se no antigo grupo escolar Dr. Carlos Cavalcanti. A praça da Matriz foi ocupada por veículos militares, animais de montaria e de carga; nesse local funcionou o comando de diversas colunas militares instaladas em pontos estratégicos do município à espera do avanço das forças constitucionalistas baseadas em Bragança Paulista.

Em meados da década de 1930 foi iniciada uma nova reforma da igreja. Sua fachada principal sofreu grandes alterações, com a implantação de uma porta arqueada e dois pares de vitrais, também em arco nas suas laterais. No segundo pavimento foram abertos cinco vitrais, semelhantes ao do primeiro; a torre central passou por profundas modificações. No terceiro pavimento, as antigas aberturas foram substituídas por aberturas duplas em arco com balaustradas em cada face, encimadas por frontões triangulares, onde foram instaladas quatro faces do relógio.

Nessa reforma, foi implantado um coroamento agudo em forma de agulha, com a imagem de Nossa Senhora do Carmo no seu cume. Nas laterais da fachada principal foram construídas duas torres simétricas de forma semelhante, todavia com dimensões menores que a central. O acesso à igreja passou a se dar por meio de escadarias com balaustradas compostas de um percurso central e dois laterais que se afunilavam até o seu patamar frontal. As imagens da época mostram, no entorno da praça, um conjunto arquitetônico homogêneo de construções de um pavimento, com predominância das características principais da primeira geração de edificações da cidade. As reformas da igreja foram acompanhadas por mudanças de aspecto e uso das edificações da praça e do jardim.


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Foto 7 – A última grande reforma externa da Igreja Matriz (atribuída a Cornélio Lambert)

No início do século XX houve uma permuta de edifícios públicos. O Mercado Municipal, que funcionava no local do Cine Cambuí, foi transferido para a edificação que abrigou o primeiro cinema da cidade, na praça Professor Maximiano Lambert, o antigo cinema passou a ocupar o edifício que abrigava o Mercado na praça principal da cidade. O Clube Literário Cambuí ocupou em 1953 o edifício na praça da Matriz, nesta época já denominada Coronel Justiniano e abrigava desde 1910 o Grupo Escolar Dr. Carlos Cavalcanti. Na esquina direita da praça com a antiga rua Direita, hoje rua João Moreira Salles, havia a residência do Dr. Carlos Cavalcanti até 1922, local que funcionou posteriormente como pensão, prefeitura municipal e hospital maternidade até a primeira metade da década de 1960. Algumas edificações abrigaram uso misto, residencial e comercial, como por exemplo a antiga “Casa Ideal” posteriormente transformada em “Bar do Gersy”, na esquina direita da praça da Matriz com a rua Quintino Bocaiúva.

A antiga edificação foi substituída por outra moderna na década de 1960, continuando o seu uso misto de residência na parte superior e “Bar do Firmo” na parte inferior. Hoje a parte inferior continua com uso comercial e abriga uma loja de roupas de propriedade das Confecções Cambuí. Outro exemplo de continuidade de uso misto acontece na esquina esquerda com a rua João Moreira Salles. Além de residência, a edificação, que foi reformada provavelmente na década de 1930, abrigou a loja “A Barateira”, depois a “Casa Froes” e hoje a “Alternativa”. As mudanças de uso e a modernização das edificações provocaram mudanças nos seu aspecto interno e externo.

A edificação do antigo grupo escolar, construída em estilo eclético, foi reformada com linhas art decó para abrigar o Clube Literário e Recreativo Cambuí. Essa edificação de um pavimento foi demolida na década de 1970 e deu lugar a um edifício moderno de dois pavimentos. A loja “A Barateira”, situada na esquina esquerda da praça com a rua João Moreira Salles, que ocupava um exemplar de edificação da primeira geração de arquitetura da cidade, também foi reformada com linhas art decó. Na esquina direita da praça com a rua João Moreira Salles, outro exemplar da primeira geração de arquitetura da cidade, a antiga residência do Dr. Carlos Cavalcanti, foi demolido no final da década de 1970, e no seu lugar foi construída a nova sede da Prefeitura Municipal, em concreto aparente, hoje tombada pelo Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Cambuí.

A última grande reforma da igreja foi acompanhada de obras de urbanização da praça e do jardim na década de 1940. Uma imagem da década seguinte registra um jardim simétrico no sentido longitudinal, composto de catorze canteiros e um coreto em forma de octógono no seu centro. Nessa reforma do jardim, foram feitos novos plantios de árvores, substituídos os bancos de madeira e introduzidos novos postes de iluminação, coroados por globos esféricos. No final da década de 1950, a cidade passava por um amplo processo de transformação e crescimento que ocorria em função da modernização do País no governo de Juscelino Kubitschek.

Durante esse governo, que promoveu a abertura da rodovia Fernão Dias ligando São Paulo a Belo Horizonte, houve um aumento da migração da população rural para a cidade. As grandes mudanças da época provocaram transformações nas edificações da praça, e, no início da década de 1960, foi executada a última grande reforma modernizadora do jardim principal.

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Foto 8 – A praça da Matriz na década de 1950 (atribuída a Cornélio Lambert)

Em fotografia de um álbum da cidade daquela época, nota-se a praça da Matriz em processo final de remodelação do seu jardim, com implantação recente de novos canteiros e árvores. Nesse local, apesar de o jardim ter sido construído com materiais e linhas simplificadas, observa-se ainda uma influência da antiga implantação de origem eclética com a tríade clássica básica: dois caminhos principais dispostos em cruz grega, envoltos por um passeio perimetral e um estar central. No lugar de um ponto focal no estar central, foram construídos dois pequenos canteiros de forma octogonal; nessa implantação foi adotada uma simetria no sentido longitudinal, ordenando os oito canteiros com desenhos quase geométricos.

Além do novo ajardinamento, foram implantados bancos de granitina e nova iluminação utilizando postes de ferro fundido com braços que sustentam globos de vidro opaco de cor branca. Até então as ruas da cidade eram de terra e cascalhadas. Com a modernização do jardim principal, teve início o calçamento com paralelepípedos a partir da praça da Matriz. Na mesma década foi urbanizado o entorno da igreja, com a introdução de canteiros e pisos em pedras portuguesas.

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Foto 9 – A última grande reforma do jardim no início da década de 1960 (Lázaro Silva, Fio)

No entorno da praça da Matriz e da área central e mais antiga da cidade surgiram os novos bairros, contudo a praça permanecia como o local mais importante da cidade, com suas casas comerciais, suas instituições e sua principal igreja, além da forte carga simbólica de ter sido ali o ponto de origem urbana. A igreja e a praça da Matriz, centro cívico e religioso, continuavam sendo palco dos principais acontecimentos da cidade: as grandes cerimônias religiosas das décadas de 1950/60, as paradas cívicas das décadas de 1960/70, os desfiles das escolas de samba das décadas 1970/80 e o carnaval de rua, a partir da década de 1990.

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Foto 10 – A cidade no final da década de 1950 (atribuída a Cornélio Lambert)

A praça da Matriz sempre foi o lugar do footing, e o desenho do caminho perimetral do jardim, o seu instrumento de ordenamento: as mulheres no sentido horário e os homens no sentido anti-horário. No início do século, os namoros se davam apenas por meio de uma troca de olhar em linha, porém ao longo dos anos, com a mudança dos costumes, também os namoros passaram por grandes transformações. Manteve-se, no entanto, a tradição do footing no jardim, que seguramente foi o espaço que viabilizou grande parte dos casamentos na cidade. Hoje a praça está bastante arborizada, e continua sendo o principal espaço urbano público, além de principal área verde da cidade. O seu entorno sofreu grandes alterações a partir da década de 1980, com a verticalização acentuada de algumas edificações que escondem de diversas visadas da cidade a massa arbustiva do jardim e a igreja, principal marco arquitetônico de Cambuí.

Atualmente na praça existe uma predominância de edificações modernas surgidas a partir da década de 1960, quando começaram a ser utilizadas as estruturas em concreto armado, portas e janelas de metal e foram abandonados os elementos decorativos. Apesar das grandes transformações, o conjunto arquitetônico do entorno da praça ainda mantém alguns exemplares com as características arquitetônicas da segunda geração de edificações da cidade como as de nº 71, 97 e 149. Na vizinha praça Professor Maximiano Lambert também continuam preservados o antigo Bazar do Leão e a edificação de nº 140. Ao contrário dos jardins que o antecederam, o atual se consolidou como um dos principais componentes da praça, já que tem mantido a sua implantação original e vem resistindo ao longo dos anos às grandes transformações da cidade e do seu entorno.

Hoje o jardim encontra-se em mau estado de conservação, em função do desgaste dos materiais de construção, da falta de manutenção preventiva e das diversas intervenções incorretas sofridas ao longo dos anos, contudo ainda preserva, além de uma vegetação exuberante com distribuição volumétrica concentrada no seu perímetro, grande parte do seu desenho, mobiliário e equipamentos originais. Os bancos de granitina são documentos importantes da presença, na época da última reforma do jardim, das famílias, casas comerciais e de serviços mais atuantes na cidade. Devido aos seus valores, cultural, ambiental e afetivo relatados neste documento, o jardim da praça da Matriz constitui hoje parte significativa da memória da cidade de Cambuí.

Por outro lado, a Constituição Brasileira, de 1988, prevê:

Art. 216 - Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais incluem:

V – os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico. & 1º O poder público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação.

Art. 30 - Compete aos Municípios:

IX – Promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual. Sendo assim, esta pesquisa histórica e iconográfica, com seus anexos (levantamento fotográfico atual, inventário da vegetação existente, levantamento planialtimétrico com delimitação de perímetro de tombamento), constitui um documento de base para que o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico Cultural inicie o processo de tombamento do jardim da praça da Matriz de Cambuí. Após a conclusão do processo de tombamento, recomenda-se a elaboração de um projeto de restauração e revitalização do jardim da Praça Coronel Justiniano, com os seguintes objetivos:

  • recuperar o desenho dos pisos utilizado no jardim implantado na década de 1960;
  • resgatar, na medida do possível, as espécies e o ordenamento original do jardim com relação ao eixo de simetria da implantação original;
  • recompor os equipamentos urbanos da praça, utilizando materiais, sistemas construtivos e desenhos semelhantes aos originais;
  • implantar infra-estrutura moderna na praça, respeitando seu desenho e ambiências históricas, bem como utilizando materiais e tecnologia de ultima geração;
  • implantar um programa de manutenção permanente, criando um Conselho de Gestão da Praça com participação da comunidade local;
  • garantir a preservação da praça utilizando também os instrumentos do urbanismo previsto no plano diretor e em uma política de preservação do patrimônio ambiental de Cambuí.

Na restauração e revitalização da praça da Matriz, deverá estar prevista a implantação de equipamentos que informem sobre a sua história, além de uma iluminação cenográfica com modernos recursos que valorizem o seu patrimônio cultural e ambiental. Essa futura intervenção terá como objetivo contribuir para a preservação da memória, o resgate do passado histórico e a valorização dos espaços urbanos de Cambuí.

Referências:

  • A Diocese de Pouso Alegre no Ano Jubilar de 1950, organizado pelo Cônego João Aristides de Oliveira, Pouso Alegre, 1950.
  • Cine Cambuí – 80 anos na história da Cidade, monografia de Tito Lívio Meyer para a cadeira de História do Cinema Brasileiro, FAAP, 1992.
  • Biogeografia de uma cidade mineira, Levindo Furquim Lambert, Belo Horizonte 1973.
  • Dicionário histórico-geográfico de Minas Gerais, Waldemar de Almeida Barbosa, Editora Itatiaia, Belo Horizonte, 1995.