Mudanças entre as edições de "A compensação"
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Edição das 08h11min de 23 de outubro de 2015
Por volta das 5 da tarde, um funcionário do Banco da Lavoura, na rua do Meio, saia em direção ao Banco Moreira Salles, na praça. Levava nas mãos vários pacotes de dinheiro, cheques e outros documentos. Mais ou menos na mesma hora, um funcionário do Banco Moreira Salles fazia o caminho inverso, também levando nas mãos pacotes de dinheiro, documentos e cheques.
No meio do caminho, enfrentavam as gozações de sempre:
- Opa! Vamos meiar?
- Empresta algum aí, cara.
- Joga de grila aí pra nós.
O que eles sempre confirmavam:
- Na hora!
- Só se for agora.
- Na volta eu jogo.
Eles se encontravam quase sempre em frente da venda do Juca Lopez, onde trocavam algumas informações de trabalho e seguiam cada um para o banco do outro. Às vezes, apenas um fazia os dois serviços. Assim, era feita a compensação, quando os bancos acertavam suas contas diárias, cheques de um banco pagos em outro, empréstimos entre bancos, descontos de duplicatas etc.
Naqueles anos 50, nunca foram assaltados.